Diversas vezes, vi relatos de aprovados em concursos de alto rendimento dizendo que estudavam 10, 9, 8 horas líquidas ou não por dia. Entretanto, há pouquíssimos relatos de pessoas que mantiveram esse ritmo ininterruptamente por vários anos. No longo prazo, estudar essa quantidade de horas diárias tende a levar o candidato ao esgotamento mental e a uma saturação tamanha que impedirá a continuação dos estudos. Alguns sofrem síndrome de burnout, ansiedade, enxaqueca e problemas físicos. Qual a solução? No longo prazo, entendo que é necessário manter um estudo consistente que permita que suas necessidades psicológicas, físicas e emocionais sejam também satisfeitas. Assim como em uma maratona, o ritmo só deve ser acelerado nas retas finais. Nos demais momentos, é continuar no trote. Por fim, entendam que estamos em uma nova era. Sabe aquele relato de que “estudei 6 meses e virei AGU na tenra idade”? Está muito raro. Para passar em qualquer concurso hoje, são exigidas mais horas, estudos e dedicação que nos anos 2010-2016. Então keep calm and walking.
Pedro F. A. de Albuquerque
Procurador do Município de João Pessoa, advogado e professor
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